Humanizando o RH

Por Kátia Rothstein

Não é só de entregar o holerite do funcionário que vive um gestor de Recursos Humanos. O trabalho desse profissional é amplo. Ele é um gestor que recruta, avalia currículos de novos profissionais para a empresa e depois tem a função de ingressá-los, da melhor maneira, na dinâmica de entrosamento da instituição.

Por conta das suas atribuições, muitas vezes, este gestor não é bem visto pelos outros funcionários, pois exerce também a função de observar e exigir um melhor rendimento de cada profissional. Isso o torna, invariavelmente, excluído do meio dos colegas.

Em muitas empresas, é assim: todos reunidos no cafezinho, mas quando chega o gestor de RH, já param os burburinhos e impera aquele silêncio constrangedor. É como se este profissional, ficasse no purgatório, nem céu, nem inferno, porque ele não é dono da empresa, é um profissional como qualquer outro, mas incumbido pelo chefe para, muitas vezes, fazer o suposto “trabalho sujo”, como dar advertências ou até mesmo demitir um funcionário sem muitas explicações. Lógico, não posso generalizar, há empresas diferentes e diretores decentes que preferem dialogar com sua equipe. Também não quero justificar todas as ações do gestor de RH como se fossem sempre “boas almas que só fazem o bem”. Algumas vezes, esses profissionais são relapsos, preguiçosos, indiferentes e cruéis, deixando de fazer seu trabalho e não orientando os funcionários, que ficam sem saber como proceder em muitas situações. E, ao patrão, esses gestores sabem enganar muito bem, não relatando os problemas diários da empresa, o que causa a insatisfação de todos, mas, como falei antes, não podemos generalizar, há casos e casos.

O que quero mostrar é que como gerente de RH, podemos sim, mudar o modo como enxergam a nossa função. Como? Exercendo corretamente e com esmero, não só recrutando e, sim, ajudando na qualificação tanto de funcionários quanto da empresa. Dessa forma, criamos estruturas e uma ponte entre empregado e empregador.

Com sabedoria, é possível exercer a difícil função de conciliar harmonicamente interesses de patrões e empregados. Afinal, todos querem ter um bom clima organizacional. Isso resultará em um excelente trabalho, não só para o crescimento da empresa, mas também para o indivíduo. Quando isso acontece, podemos dizer que os profissionais de Recursos Humanos conseguiram incorporar a humanização em sua Organização.

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