O direito de ir e vir… de táxi

Por Kristiane Rothstein

Os mais próximos sabem que não dirijo e minha forma mais comum de locomoção é o táxi. Confesso que é bastante cômodo: não preciso me preocupar em estacionar, em conhecer todos os nomes de ruas ou nem muito bem o trajeto que vou fazer. Ainda aproveito o percurso de uma reunião à outra para responder recados, retornar ligações e, claro, retocar a maquiagem. Mas, neste ano as coisas mudaram.

Iniciei 2013 com o firme propósito de aprender a dirigir (podem me cobrar se eu não estiver com a habilitação até dezembro!). Os motivos dessa resolução são vários. Tenho convênio com uma empresa de rádio táxi e já fui atendida por umas quatro. Troco tanto sempre pela mesma razão, a falta de profissionalismo. Ora são as telefonistas que não sabem atender bem ao cliente, ora são os taxistas.

Há problemas para todos os gostos. Mas, os atrasos são a minha dificuldade maior. É no mínimo constrangedor dizer que chegou atrasado a uma reunião porque o táxi agendado não chegou no horário. Não há comprometimento. A desculpa é sempre a mesma: “o trânsito de Curitiba está caótico”. Ah, tá… É óbvio que a frota de veículos circulando na cidade aumentou, mas atrasos de meia hora, uma hora, são inaceitáveis.

Como sou uma boa “conversadora”, falo com um, falo com outro e com minha experiência de mais de uma década como cliente assídua de taxistas, já encontro um dos principais motivos. Grande parte (e não estou exagerando) dos taxistas que têm sua própria placa e já está quase se aposentando, simplesmente deixa de trabalhar em determinadas horas do dia ou o dia todo.

Sexta-feira é assim. Como, normalmente há um fluxo maior de carros na rua, pois até quem trabalha de ônibus vai de carro para poder esticar pro happy hour ou viajar, o número de táxis diminui. O mesmo ocorre em dias de chuva ou horários de rush. E por que diminui? O taxista não quer se “estressar” no trânsito. Simples assim. Acreditem, é sempre o que me dizem!

Embora o serviço seja uma concessão e, portanto, deveria ter um número mínimo aceitável de veículos laranja circulando em todas as horas do dia ou da noite, na prática, não é assim que funciona. Mas, quem deveria fiscalizar não o faz, portanto, cada qual tem que encontrar a sua solução. Como não me arrisco comprar uma bicicleta, o jeito é superar o medo e aprender a dirigir.

Me desejem boa sorte!

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