Por decisão da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), desde o dia 2 de janeiro planos de saúde precisam oferecer tratamento multidisciplinar nas fases pré e pós-operatória da cirurgia de obesidade. A ação reforça a importância de uma equipe multidisciplinar para esse tipo de tratamento. “Este é um importante avanço, pois o tratamento da obesidade deve envolver profissionais que atendam às doenças correlacionadas nos campos da cardiologia, angiologia, gastrenterologia, cirurgias bariátrica, plástica e ortopédica, endocrinologia e tantas outras especialidades”, afirma dr. Giorgio Baretta, clínico e cirurgião especialista em cirurgia da obesidade e do aparelho digestivo e vídeo cirurgia.
O médico explica que a obesidade é uma doença multifatorial e por isso seu tratamento necessita de uma equipe multidisciplinar. Segundo Baretta, é grande a probabilidade de que o paciente que se submeta a cirurgia de obesidade sem essa assistência global e íntegra se empenhe menos no tratamento contínuo necessário. “A ilusão da cura favorece o abandono ao tratamento, o que acontece na maioria das doenças crônicas, a obesidade não sendo exceção”, diz. “A equipe coesa favorece a aderência ao tratamento.”
Por ser uma doença crônica, explica Baretta, a obesidade traz riscos ao procedimento cirúrgico, como trombose venosa e embolia pulmonar, infarto do coração, derrame cerebral, sangramentos, fístula (grampo que arrebenta) e até mesmo pode levar a morte – embora esse risco seja muito baixo, precisa ser considerado.
O pré-operatório, segundo ele, dura em média 30 dias, e o endocrinologista é, a princípio, o especialista que indica o paciente ao cirurgião: “O paciente é um individuo metabolicamente doente e passará a ser nutricionalmente tratável, sendo o endocrinologista responsável pelo monitoramento do equilíbrio hormonal”.
Baretta destaca ainda a importância do cardiologista dentro da equipe multidisciplinar, que cuida do paciente que se submete à cirurgia bariátrica. O especialista avalia as condições do paciente para a cirurgia com os exames necessários para garantir a boa função do coração; faz o diagnóstico, controla e trata a hipertensão arterial (pressão alta) e a dislipidemia (elevação de colesterol e triglicerídeos), bem como analisa a capacidade cardiorrespiratória sob efeito de esforço para proteger o paciente de futuras complicações pós-operatórias como atelectasia (doença pulmonar) ou pneumonia. Aqui, entra também o pneumologista, avaliando a capacidade pulmonar pré-operatória do paciente, possíveis doenças que possam ser agravadas durante e após a cirurgia, bem como prevenção e tratamento.
Outra peça importante no processo é o nutricionista, responsável por avaliar o padrão alimentar e nutricional no pré e pós-operatório do paciente. É ele o profissional que irá trabalhar no novo padrão de consciência alimentar, ajudando na escolha de alimentos nutritivos.
Baretta lembra ainda do fisioterapeuta, que avalia a capacidade respiratória e pulmonar do paciente, faz o preparo respiratório para a intubação e extubação anestésica, a prevenção de problemas pulmonares pós-operatórios, estimula o paciente na deambulação (caminhar) pós-operatória, orienta quanto aos movimentos gradativamente liberados ao longo do tempo, bem como na liberação de pesos que podem ser carregados, como fazê-lo e em que tempo.
Já o personal trainner trabalhará na recuperação gradual da musculatura do paciente, ajudando na modelagem do novo corpo. “O personal é o profissional que acompanhará o paciente bariátrico nas sucessivas mudanças de foco depois de alcançado o peso almejado e ajudará no estabelecimento de alvos como fortificação e tonificação de regiões do corpo”, explica Baretta.
O médico informa que, quando necessária, a cirurgia plástica poderá ser realizada em torno de 18 a 24 meses após a cirurgia, se o paciente estiver com peso estável. Em todo o processo, o psicólogo tem papel preponderante nessa equipe multidisciplinar. Baretta explica que esse profissional tem como foco a avaliação da personalidade global do paciente, suas intenções e expectativas em relação à cirurgia bariátrica, seus medos e fantasias, mecanismos defensivos etc.. “Cabe a ele também orientar a equipe para que todos possam trabalhar em uníssono, ou seja, o parecer psicológico é uma forma de informar quem é o futuro operado”, esclarece o cirurgião.
Sobre a Clínica do Dr. Giorgio Baretta
A clínica do Dr. Giorgio Baretta conta com uma equipe multidisciplinar, preparada para dar um atendimento especializado ao paciente, com ética e comprometimento. O objetivo é proporcionar saúde e bem-estar, promovendo a qualidade de vida.
Mais informações pelo site: www.giorgiobaretta.com.br
