Aumenta número de mortes por problemas cardíacos no primeiro semestre

No Dia Mundial do Coração o alerta é ainda maior: pacientes estão apresentando mais comorbidades devido à pandemia

Em 29 de setembro é celebrado o Dia Mundial do Coração, tema sempre lembrado para prevenir as doenças cardiovasculares, as que mais matam em todo o mundo em tempos normais. Contudo, a época de pandemia de coronavírus não deixou de registrar problemas cardíacos. Pelo contrário, a necessidade de isolamento social aumentou o sedentarismo e até a má alimentação – fatores de risco para as doenças do coração.

No Brasil, as doenças cardiovasculares são responsáveis por cerca de 30% das mortes todos os anos, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. (SBC). Ainda de acordo com informações da SBC, dados divulgados pela Arpen-Brasil (Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Brasil) apontam um aumento de quase 7% no número de óbitos por doenças cardiovasculares nos primeiros seis meses de 2021 em relação ao mesmo período de 2020.

Embora não existam dados oficiais, no dia a dia dos consultórios os médicos já percebem um descontrole de comorbidades nos pacientes. “Estamos notando um aumento drástico, um descontrole de casos de hipertensão, diabetes e colesterol, que podem ser associados ao isolamento social. As pessoas fizeram menos atividades físicas e pioraram o padrão alimentar. A consequência é um ganho de peso e piora dos níveis glicêmicos e de pressão arterial, condições silenciosas que a longo prazo podem desenvolver problemas para o coração, gerando infarto e AVC, que são as principais causas de morte em todo o mundo”, alerta Dr. Leandro Vasconcelos, chefe de Cardiologia Clínica do Hospital São Vicente Curitiba.

Essas comorbidades, além de obesidade e tabagismo, são os principais fatores que podem levar a uma doença cardiovascular. “O problema mais comum é a hipertensão, sendo que 60% dos idosos tem essa condição, que pode causar insuficiência cardíaca e doença coronariana. A hipertensão também é a principal causa de infarto e AVC”, revela o cardiologista.

Quando começar um check-up cardiológico
A orientação do cardiologista é que seja feito um check-up anual a partir dos 30 anos. “Não é raro pacientes infartarem entre 30 e 40 anos, pois tinham diabetes, colesterol ou hipertensão se desenvolvendo de maneira silenciosa durante anos. Se tivessem sido detectados de maneira precoce, poderíamos ter feito alterações no estilo de vida e uso de medicamentos, se necessário, para evitar isso”, considera.

Se uma pessoa tem fatores de risco, como ser sedentária ou estar acima do peso, e nunca fez avaliação cardiológica, Dr. Vasconcelos recomenda que vale a pena fazer uma avaliação cardiológica até mais cedo. “A partir dos 18 anos nós já poderia ser feita a avaliação da pressão arterial e pelo menos uma vez dos níveis de colesterol”, afirma.

Um check-up cardiológico começa com uma avalição clínica, aferição de pressão arterial e medição da circunferência abdominal, quando necessário, além de exames laboratoriais para avaliação do perfil lipídico e glicemia. “Esses são dados bem simples, mas que já estão associados a doenças cardiológicas. A partir deles, avaliamos as necessidades de eletrocardiograma, ecocardiograma, teste ergométrico, MAPA e Holter. Quando necessário é orientado também um rastreio mais profundo”, esclarece o chefe de Cardiologia Clínica do Hospital São Vicente Curitiba.

Dores no peito são um sinal de alerta
Se a avaliação cardiológica já é necessária em pessoas assintomáticas, quando já existem sintomas, ela é imprescindível. Os principais que podem indicar doenças cardiovasculares são dor no peito, falta de ar, palpitação, taquicardia (sensação de “batedeira” no coração) e inchaço nas pernas. O cardiologista comenta que os gregos já sabiam que uma pessoa sentindo dor no peito, que corria para o braço, era sinal que a morte estava chegando. “Esse conhecimento de dor no peito já vem de muito tempo e mesmo hoje as pessoas ainda não procuram um médico até que aconteça alguma complicação”, adverte Dr. Leandro Vasconcelos.

Sobre o Grupo Hospitalar São Vicente-FUNEF
O Grupo Hospitalar São Vicente-FUNEF, formado pelo Hospital São Vicente Curitiba, fundado em 1939, e pelo Hospital São Vicente CIC, inaugurado em 1973, atende a diversas especialidades, sempre pautado pela qualidade e pelo tratamento humanizado. Referência em transplantes de fígado e rim e nas áreas de Oncologia e Cirurgia, desde 2002 o Grupo é mantido pela Fundação de Estudos das Doenças do Fígado Kotoulas Ribeiro (FUNEF).

O Hospital São Vicente Curitiba é um hospital geral de alta complexidade. Em uma estrutura moderna, conta com pronto-atendimento, centros médico, cirúrgico e de exames, UTI, unidades de internação e centro de especialidades. Possui o selo de certificação intermediária de transplantes hepático e renal da Central Estadual de Transplantes do Paraná e seu programa de Residência Médica é credenciado pelo Ministério da Educação (MEC) nas especialidades de Cirurgia Geral, Cirurgia Digestiva, Cancerologia Cirúrgica e Radiologia.

A instituição integra ainda a lista de estabelecimentos de saúde que atendem ao padrão de qualidade exigido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, órgão regulador vinculado ao Ministério da Saúde. Mais informações no site www.saovicentecuritiba.com.br.

 

 

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