Sem estresse em 2012 (e uma dose de bom humor)

Enfim 2012! Paz, prosperidade, amor e saúde são os votos comuns e mais desejados nessa época. Aonde você vai recebe e almeja felicidades para todos. Nessa relação de troca todos ganham, não é mesmo?

Lendo displicentemente um artigo da mais clássica linha auto-ajuda nesta primeira semana de janeiro, descobri outro desejo fundamental: um ano-novo sem estresse!

Em resumo, o texto ensinava que ser estressado não é nada elegante e ter o auto-controle é o melhor caminho – mesmo que a duras penas. Então, pensei: “Nada de dicas profissionais ou artigo sobre comunicação ou marketing na estreia desse blog em 2012”. Resolvi indicar soluções para as possíveis situações geradoras de estresse no dia a dia.

Para não me alongar, pensei em apenas três:

1º – Se você deixar seu carro no estacionamento e quando voltar encontrar um risco, um arranhão ou mesmo uma batida, fale educadamente que seu veículo estava intacto quando estacionou. E claro, diga que precisa que seja ressarcido do prejuízo. Se a outra parte falar para você procurar seus direitos, pagar advogado e aguardar o veredito da Justiça. Simplesmente, responda: “Desculpe, eu errei em deixar aqui o meu carro”, e saia tranquilamente. No dia seguinte venda o carango e compre uma bicicleta – além de fazer exercício, você estará contribuindo para a sustentabilidade. O meio ambiente agradecerá!

Uma versão possível para essa situação é levar fechada no trânsito ou mesmo ter motorista que quase te atropela na faixa de pedestre. Não xingue e nem deixe a ira tomar conta de você. Apenas deseje um feliz ano-novo para seu algoz. Faça isso nem que seja com um sorriso amarelo. Com o tempo e o hábito (acredite, isso é bem comum), essa sua nova postura não soará tão falsa e você agirá com maestria.

2º – Se você precisar – e sempre precisa – recorrer a um órgão público ou afim e lá tiver que aguardar em uma fila para pegar senha para entrar em outra fila para fazer triagem e…., depois, aguardar em uma outra fila para ser atendido, não “esquente”. Apenas, agradeça a oportunidade de poder conhecer como funciona o sistema público do seu país. E de quebra, passe o tempo jogando um game do seu celular – pode ser bem relaxante, instrutivo e divertido poder exterminar os porquinhos do Angry Birds (assim, você não extermina ninguém na vida real, não é mesmo?!).

Uma variável dessa situação é ir a um Conselho Profissional e tentar obter alguma orientação sobre como está aquele processo que moveu contra um mau profissional que está ligado àquela instituição. Se não te derem atenção, forem conivente com o “pilantra” e simplesmente não te atenderem bem como você merece, não se preocupe! Pense: “A justiça divina tarda, mas não falha”. Saia e agradeça o incompetente que lhe atendeu, atiçando a dúvida nele, se você está sendo sincero ou irônico. Vai que funcione e ele passe a ser um bom profissional a partir daquele momento.

3º – Esse terceiro item, acredito, seja o mais comum de todos. Você percebeu que a conta do seu telefone fixo ou móvel veio com uma quantia exorbitante e, óbvio, não procede. Ao invés de ligar para o tele-atendimento da operadora e ouvir o gerundismo: ”Vou estar transferindo sua ligação, senhora”, pelo menos umas cinco vezes, simplesmente… não ligue! Não ligue e economize seu tempo, a própria ligação e seus neurônios. Lembre-se, sem estresse em 2012!

Uma variação para isso é quando você recebe um cartão de crédito que não pediu e tem que pagar pela anuidade e seguro (em caso de perder o dito cujo). Ao invés de ligar pedindo para cancelar o cartão que você não pediu e ter que ouvir: “Não senhor, não podemos cancelar seu cartão. O senhor precisa enviar uma carta autenticada em três vias, informando que não o quer e ir até o seu banco falar com um gerente”.

Não, não adianta dizer que você não pediu o cartão e que, portanto, não tem o porquê de dizer que não o quer. Afinal, ninguém chega em casa e recebe de graça da algum disque-pizza uma Marguerita com Quatro Queijos, não é mesmo? Bem, ao invés de sentir sua cabeça fervilhando e seu coração palpitando, como diria o mexicano Chaves: “não se irrite”. Não ligue e aceite as dádivas que a vida oferece! Vai que esse cartão seja útil. Ou então, você pode cortá-lo em pedaços miúdos para não ter vontade de usá-lo. Pense: “É uma anuidade pequena e poderá trazer muitos benefícios para o dono da empresa. Estou contribuindo para a fortuna de alguém”. Afinal, é de sacrifícios que a vida é feita!

Se ao final dessas situações (e lembre, só citei três para não fazê-lo perder tempo), você perceber que já perdeu muito dinheiro injustamente, um último conselho: Não enfarte! A ambulância, o internamento, a anestesia, as cirurgias e pontes de Safena vão, com certeza, sair muito caras. E com isso, você pode falir de vez!

Então, apesar da injustiça, do adeus ao seu suado dinheirinho, reflita: “É dando que se recebe”.

OBS: E não pense que essas situações descritas foram obras de ficção, todas foram muito mal vividas.

Kristiane Rothxfstein

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