Tabagismo ainda é responsável por 30% dos cânceres

Hospital São Vicente faz ação na Praça Rui Barbosa na próxima terça-feira, 31 de maio

O tabagismo é responsável por 90% dos cânceres de pulmão, de acordo com dados do Inca (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva). Estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que seis milhões de pessoas morrem por causa do tabagismo todos os anos, sendo que 600 mil são fumantes passivos. A previsão é que a partir de 2030, mais de oito milhões de pessoas morram, anualmente, em decorrência do vício. Para lembrar os malefícios do cigarro para a saúde, foi instituído 31 de maio como o Dia Mundial sem Tabaco pela OMS. Na data, na próxima terça-feira, o Hospital São Vicente fará uma ação de orientação à população em geral, na Praça Rui Barbosa, das 8h30 às 13h30. “Nossos profissionais e acadêmicos irão esclarecer as pessoas que passarem no local sobre a importância de não fumar”, destaca o diretor técnico do Hospital São Vicente, Dr. Ângelo Tesser.

Os principais cânceres causados pelo tabagismo são o de pulmão, boca, faringe, laringe, estômago, pâncreas, bexiga e colo de útero. “O câncer de pulmão é responsável por 30% de todas as mortes por câncer, porcentagem maior do que a soma dos de mama, próstata, cólon e ovário”, alerta o Dr. José Antonio Zampier, cirurgião torácico do Hospital São Vicente – Funef. “Cerca de 30% dos cânceres são ocasionados pelo cigarro, que ainda pode levar a outras doenças, que vão desde rinite, tosse, conjuntivite e asma até infarto.”

O tabagismo pode prejudicar até mesmo quem não fuma. “A fumaça que sai livremente da ponta do cigarro acesa e se difunde pelo ambiente contém, em média, três vezes mais nicotina, três vezes mais monóxido de carbono e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que o fumante inala”, salienta o cirurgião.

Câncer de pulmão e exames periódicos
Tosse, expectoração de sangue, falta de ar, sibilo (chio no peito) e dor torácica são os principais indícios de câncer de pulmão. “A tosse é o sintoma mais comum associado ao problema, presente em até 75% dos casos”, conta Dr. Zampier. A maioria dos casos de câncer do pulmão aparece entre os 50 e 70 anos, mas também pode ocorrer em pessoas com menos idade. “Por isso, todo paciente tabagista deve ficar sempre atento ao surgimento de sintomas respiratórios, principalmente a tosse, e procurar um médico para realizar, pelo menos, uma radiografia do tórax”, afirma.

Quanto mais demorado o diagnóstico do câncer de pulmão, menores são as chances de tratamento e melhoria na qualidade de vida. “A principal consequência na descoberta tardia do câncer de pulmão é a perda da possibilidade de cura e redução do tempo de sobrevida. Por exemplo, se a doença é descoberta cinco anos depois, as chances do paciente sobreviver podem reduzir de 70%, se tivesse sido diagnosticado no início, para somente 1%”, avalia Dr. Zampier.

Tabagismo e o coração
As chances de desenvolver uma doença cardíaca também são maiores nos fumantes. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, o tabagismo aumenta em cinco vezes a chance de a pessoa sofrer um infarto do miocárdio. “O fumante tem maior probabilidade de desenvolver placas ateroscleróticas, conhecidas como placas de gordura nas artérias, que se torna ainda mais perigoso em quem tem hipertensão, diabetes ou obesidade”, observa Dr. Anderson Henrique Peres da Costa, cardiologista do Hospital São Vicente.

Os principais sinais de um problema cardíaco são angina (dor no peito), dificuldade de respirar e palpitações. Mesmo sem os sintomas, o paciente tabagista deve sempre realizar um check-up cardiológico anualmente. “Os exames ajudam no diagnóstico precoce e no tratamento. Mas, é fundamental que a pessoa largue o vício do tabagismo para ajudar a minimizar os riscos da doença cardíaca”, explica o cardiologista.

O tratamento multidisciplinar é essencial para ajudar a combater o vício do tabagismo. “Hoje, temos à disposição diversos tipos de tratamento para ajudar os pacientes, que vão desde medicamentos até consultas psicológicas. Tudo isso é muito importante, pois o fumante é um dependente químico”, ressalta Dr. Anderson Peres da Costa.

Sobre o Hospital São Vicente-Funef
O Hospital São Vicente atende a diversas especialidades, entre elas Cardiologia e Oncologia. Atende pelo SUS, planos de saúde e particular. Fundado em 1939, o Hospital São Vicente é administrado pela Funef – Fundação de Estudos das Doenças do Fígado Kotoulas Ribeiro desde 2002. Essa junção, realizada pelo então presidente Marcial Carlos Ribeiro, fortaleceu as instituições, transformando o Hospital São Vicente–Funef em referência em transplantes.

De alta complexidade, o hospital atende a diversas especialidades clínicas e cirúrgicas, sempre pautado pela qualidade e pelo tratamento humanizado. A instituição integra a lista de estabelecimentos de saúde que atendem ao padrão de qualidade exigido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, órgão regulador vinculado ao Ministério da Saúde. Mais informações pelo www.hospitalsaovicente.com.br.

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