Proteja sua pele no Verão

O final do ano está chegando e para muitos é sinal de férias, calor, praia e piscinas. Porém, é preciso tomar alguns cuidados para que sua diversão não acabe por problemas de saúde. Com as altas temperaturas da estação, sol, suor, à água do mar, piscina, areia e a terra são combinações perfeitas para queimaduras de pele e aparecimento de infecções, principalmente, as micoses e o bicho geográfico.

De acordo com a dermatologista do Hospital Nossa Senhora das Graças, Isabela Fronza as micoses podem ser evitada com o uso de calçados fechados, roupas de tecido sintético que não absorvam o suor ou umidade e secar bem o corpo após o banho. “Cuidados também devem ser tomados com animais de estimação, que podem ser transmissores de doenças. No caso de micose de unha, deve-se ter sempre o seu próprio material de manicure e pedicure”, ensina a dermatologista.

Já para prevenir o bicho geográfico, é necessária a conscientização da sociedade, e não levar animais de estimação para a praia. “Uma medida preventiva também seria desvermificar os animais de estimação. E, não andar descalço em locais onde há a possibilidade de contato com fezes de animais, como por exemplo, parques, praias e campos de areia”, enumera a médica.

Nesta época é importante usar repelentes de insetos e protetor solar, mas pondera: “É necessário lembrar que não devem ser aplicados juntos, pois diminui a eficácia do protetor solar”, orienta a Dra. Isabela.

As queimaduras também estão no centro das preocupações com a saúde e se agravam, principalmente, no verão. “Criou-se uma falsa ideia de que o uso de filtro solar permite mais tempo de exposição ao sol, mas estudos mostram que a aplicação não tem sido feita corretamente, o que torna essa exposição um perigo para a pele”, alerta o dermatologista também do Hospital Nossa Senhora das Graças, Maurício Sato.

A recomendação é que seja sempre usado o filtro solar de, no mínimo, FPS 15. O produto deve ser aplicado cerca de 2mg/cm², ou seja, uma camada necessária para cobrir a região, sem economia. Deve-se lembrar de passar o produto sempre com 30 minutos a uma hora antes da exposição solar e ser reaplicado a cada duas horas. “Estudos mostram que a média utilizada pela população é de 0,5mg/cm², o que é insuficiente”, observa dr. Maurício.

O cuidado deve ser maior com as crianças. Elas precisam estar bem protegidas e informadas sobre os riscos da exposição solar. Além do filtro bem aplicado, devem, sempre que possível, ficar na sombra e utilizar chapéus e camisetas. “Já foi constatada menor incidência de câncer de pele em pessoas com menos exposição solar na infância”, comenta. Dr. Sato lembra ainda que proteger-se do sol, além de prevenir o câncer de pele, também impede o envelhecimento precoce, mantendo a pele bonita e jovem por mais tempo.

Entenda a micose e o bicho geográfico
As micoses são causadas pelos fungos e se manifestam no tórax, pescoço e braços, com manchas que variam de cor (claras ou escuras). Nos dedos dos pés, deixa a pele macerada, com descamações, fissuras e coceiras. “As mais frequentes são aquelas que agridem as camadas superficiais da pele: couro cabeludo, mucosas e unhas e os sintomas dependem do tipo e localização das lesões”, explica.

Já o parasita presente em cães e gatos (Ancylostoma braziliensis) pode causar infecção, mais conhecida por bicho geográfico. De acordo com a médica, os animais parasitados depositam suas fezes, assentando os ovos que se desenvolvem no calor e na umidade. “Após penetrar a pele, as larvas deslocam-se, causando coceira que pode ser de moderada a intensa”, explica Dra.Isabela. O diagnóstico é feito por exame clínico. “O tratamento deve ser iniciado o quanto antes e é importante ressaltar que não se devem fazer tratamentos caseiros, pois há risco de outras infecções”, alerta.

Para a micose, além da consulta clínica, às vezes precisa de exames específicos, como o micológico direto e coleta de cultura. Para tratar o problema, são receitados medicamentos antifúngicos. Segundo a dermatologista o uso de cremes sem orientação médica mascara os sintomas e dificulta o diagnóstico.

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