Mitos e verdades sobre o marca-passo

Cardiologista esclarece dúvidas mais comuns sobre o aparelho e seu procedimento

Algumas dúvidas surgem na cabeça dos pacientes quando o assunto é coração e o uso do marca-passo. Entre as perguntas mais comuns estão: “vou conseguir passar por detectores de metais?”, “não poderei mais usar aparelhos eletrônicos?”, “o que muda na minha vida com o uso do marca-passo?”.

O aparelho é colocado devido ao batimento fraco e irregular do coração. Esse problema chama-se bradicardias, que em outras palavras significa que o coração do paciente está batendo em um ritmo lento ou irregular com, aproximadamente, 60 batidas por minuto, não sendo capaz de bombear o sangue de maneira correta e suficiente para a realização de atividades corriqueiras ou exercícios físicos. As bradicardias são responsáveis por tonturas, falta de energia, falta de ar ou até mesmo desmaios. “Com o marca-passo o paciente terá mais qualidade de vida, pois ele é um dispositivo eletrônico que ajuda no controle do ritmo cardíaco e evita que o coração pare de bater”, explica o cardiologista Dr. George Soncini, da Cardiologia Sugisawa.

Para esclarecer essas e outras questões, o cardiologista responde o que são mitos e verdades sobre o assunto.

É preciso fazer uma incisão grande no tórax para colocação do marca-passo.
Dr. George Soncini: Mito. A cirurgia é realizada com pequenas incisões feitas abaixo da clavícula, com anestesia local e sedação leve. A radioscopia também é usada como método auxiliar para o implante dos eletrodos na cavidade cardíaca.

Após a cirurgia, o uso de aparelhos eletrônicos (celulares, ipads, computadores, máquina de lavar roupa, mp3) é restrito.
Dr. George Soncini: Em partes. Normalmente os aparelhos eletrônicos não provocam interferência no marca-passo. A única precaução a ser tomada é manter uma distância de 15 centímetros ou evitar o contato direto do aparelho com a região do corpo que o gerador está funcionando.

O uso de micro-ondas é perigoso para quem tem marca-passo.
Dr. George Soncini: Em parte. O paciente só precisa lembrar-se de não usar o micro-ondas muito perto, manter uma distância de 15 centímetros já é suficiente. Se utilizá-lo normalmente, não existe risco nenhum.

Devo cruzar a porta de detector de metais rapidamente, em aeroportos e bancos.
Dr. George Soncini: Em parte. Se o marca-passo utilizado for um antigo, que não possua uma estrutura que protetora com maior tecnologia, sim. Mas, os mais modernos são mais seguros. Para evitar qualquer tipo de constrangimento, é importante informar os responsáveis sobre o uso do aparelho.

Preciso levar uma carteirinha de identificação de uso de marca-passo em todos os lugares que vou.
Dr. George Soncini: Verdade. O uso da carteirinha ajudará a evitar problemas ou constrangimentos, principalmente se você tiver que passar por detectores de metais, por exemplo.

O médico também tem controle sob o meu marca-passo.
Dr. George Soncini: Mito. O cardiologista só terá controle do marca-passo do paciente no caso dele estar submetido a uma avaliação no consultório ou no hospital. Já existem estudos que mostram a programação a distância, mas ainda não é realidade em nosso meio.

Posso realizar atividades físicas normais.
Dr. George Soncini: Em parte. É importante que seja feita uma atividade física, mas, cada paciente deve ser avaliado individualmente. Após os exames, o cardiologista será o responsável em passar o melhor exercício para cada um.

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