Falta de tempo e medo ainda afastam homens do urologista

Médico defende uma mudança de comportamento a partir da adolescência masculina

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), somente neste ano haverá mais de 61 mil novos casos de câncer de próstata, o mais comum entre os homens depois do câncer de pele (não melanoma). Só na região sul, existem cerca de 100 mil portadores da doença. Apesar dos números alarmantes, segundo pesquisa realizada no ano passado pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), que incluía Curitiba, 51% dos homens nunca foram a um urologista. Entre os motivos apresentados estão: falta de tempo (33%) e medo (15%).

“Culturalmente, os homens jovens não procuram os urologistas como rotina. Diferentemente disso, as mulheres adolescentes, ao iniciar o período da menstruação, vão ao ginecologista e iniciam um vínculo com esse profissional, que pode durar por toda a vida. Os garotos também devem ser incentivados a conversar com médicos urologistas, já que muitas dúvidas em relação ao próprio corpo, assim como questões sexuais, se iniciam nessa idade”, compara André Matos, urologista do Hospital São Vicente.

Para tentar quebrar o tabu e conscientizar sobre a incidência do câncer de próstata e de outras doenças que atingem o homem, em 2003 foi instituída a campanha Novembro Azul, que celebra no dia 17 a data Mundial de Combate ao Câncer de Próstata. A Sociedade Brasileira de Urologia e a Sociedade Americana de Urologia recomendam a realização dos exames de rotina anualmente: o PSA (Antígeno Prostático Específico avaliado no exame de sangue) e o toque retal.

A identificação precoce do câncer de próstata ainda é a melhor forma de evitar a morte pela doença. Um estudo realizado em 2014 pelo Hospital AC Camargo, de São Paulo, revelou que quando o tumor é diagnosticado no estágio inicial, a sobrevida chega a 98%. A recomendação é que os homens iniciem os exames de rotina de próstata (PSA e toque retal) aos 50 anos ou antecipem quando houver casos de câncer de próstata na família, como explica o urologista. “Os homens com parentes de primeiro grau que têm histórico da doença, devem iniciar os exames de rotina aos 45 anos, ou seja, cinco anos antes do recomendado para a população geral. Isso é sugerido por conta de uma maior chance da doença ocorrer nesse grupo”.

O médico também recomenda a adoção de hábitos saudáveis. “Os homens devem evitar cigarro e bebidas alcoólicas, assim como devem ter uma alimentação saudável e realizar atividades físicas regularmente, evitando o surgimento do sobrepeso e da obesidade”, ressalta André Matos.

Sobre o Hospital São Vicente-Funef
O Hospital São Vicente atende a diversas especialidades, entre elas Cardiologia e Oncologia. Atende pelo SUS, planos de saúde e particular. Fundado em 1939, o Hospital São Vicente é administrado pela Funef – Fundação de Estudos das Doenças do Fígado Kotoulas Ribeiro desde 2002. Essa junção, realizada pelo então presidente Marcial Carlos Ribeiro, fortaleceu as instituições, transformando o Hospital São Vicente–Funef em referência em transplantes.

De alta complexidade, o hospital atende a diversas especialidades clínicas e cirúrgicas, sempre pautado pela qualidade e pelo tratamento humanizado. A instituição integra a lista de estabelecimentos de saúde que atendem ao padrão de qualidade exigido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, órgão regulador vinculado ao Ministério da Saúde. Mais informações pelo www.hospitalsaovicente.com.br.

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