Dê mais vida ao seu coração é tema de ação do Dia Mundial do Coração em Curitiba

No dia 29 de setembro, médicos da Sociedade Paranaense de Cardiologia estarão na Boca Maldita para orientar a população

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, as doenças cardiovasculares causam uma morte a cada 40 segundos, sendo, hoje, as que mais matam no país. Para conscientizar a população sobre a importância da prevenção, a Sociedade Paranaense de Cardiologia (SPC) fará uma ação especial na sexta-feira, 29 de setembro, Dia do Coração, das 9h às 16h, na Boca Maldita.

Com o tema “Dê mais vida ao seu coração”, as pessoas que passarem pelo local poderão ter orientações sobre as doenças cardíacas e realizar aferição de pressão arterial. Perto do horário do almoço, entre às 11h30 e 13h30, ainda acontecerá uma atividade especial: uma apresentação musical para reforçar a importância de relaxar, evitar o estresse e cultivar hábitos que deem prazer.

Embora os principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares sejam a hipertensão, o colesterol, o tabagismo e o diabetes, o presidente da Sociedade Paranaense de Cardiologia (SPC), Gerson Bredt Júnior explica que há fatores, como  o estresse e a depressão, que acabam tendo efeito negativo sobre as causas principais e agravando os problemas do coração. “Pessoas estressadas e depressivas, normalmente, não conseguem desenvolver hábitos saudáveis de vida e, por isso, acabam descontrolando a hipertensão, a diabetes. Os estressados também costumam fumar mais”, salienta. “Atividades lúdicas, de lazer, uma música agradável, fazem com que a pessoa alcance uma paz de espírito, proporcionando um cenário favorável para controle dos fatores de risco”, destaca o cardiologista.

Gerson Bredt Júnior lembra ainda da importância de combater as causas principais das doenças, cultivando hábitos saudáveis. “A obesidade, o sedentarismo e o tabagismo aumentam a chance de surgimento de hipertensão arterial, diabetes e dislipidemias, que são alterações nas gorduras no sangue, como o colesterol. Praticar atividades físicas e ter uma alimentação adequada, consumindo calorias de acordo com seu gasto energético, evitando o excesso de gorduras, carboidratos e sal, são atitudes fundamentais para evitar as doenças cardiovasculares”, explica.

O cardiologista destaca ainda que esses fatores de risco causam aterosclerose, que é o entupimento das artérias. “Somente quando as artérias estiverem entupidas é que aparecerão os sintomas, mas já pode ser um infarto, provocando uma dor aguda no peito, geralmente. Também podem ocorrer alterações no músculo cardíaco, deixando o coração mais dilatado e enfraquecido, causando falta de ar e cansaço quando se fazem esforços, o que piora progressivamente com o passar do tempo se não houver tratamento adequado”, alerta Gerson Bredt Júnior.

Por isso, a importância da prevenção e também do diagnóstico precoce. “Todas as doenças cardiovasculares têm tratamento. Quando descobertas no início, a maioria delas, como hipertensão arterial, dislipidemias, insuficiência cardíaca e outras doenças coronárias, podem ser tratadas com orientações de mudança de estilo de vida e, em alguns casos, prescrição de medicamentos”, diz.

Idade
As doenças cardiovasculares costumam aparecer após os 40 anos nos homens e depois dos 50 anos nas mulheres, porém, também podem ocorrer antes. A orientação é realizar a primeira consulta com um cardiologista aos 18 anos de idade, para fazer exames que irão medir os níveis de hipertensão arterial, colesterol, triglicérides, glicemia, entre outros.

“A partir desse momento, o paciente pode realizar consultas a cada quatro ou cinco anos até os 40 anos, quando o acompanhamento deve se tornar anual. Caso seja encontrada alguma alteração e seja necessário tratamento, as consultas poderão ocorrer em intervalos menores de tempo, sempre de acordo com a orientação do médico”, orienta o cardiologista.

Doenças congênitas
Mesmo sendo incomuns na infância e na adolescência, as doenças cardiovasculares podem ocorrer desde o nascimento. São as chamadas doenças congênitas, que são adquiridas por má formação no feto ou hereditariedade. “Nesses casos, não há uma medida totalmente eficaz de prevenção, mas existe uma maneira de diagnosticar precocemente, que é realizando os exames pré-natais na gravidez e um acompanhamento pediátrico adequado após o nascimento para que seja realizado um tratamento adequado desde a infância”, aponta Gerson Bredt Júnior.

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