Bullying afeta o ambiente profissional

Quem é mais agressivo no ambiente de trabalho, o homem ou a mulher? Uma pesquisa realizada pela empresa norte-americana Workplace Bullying Institute aponta que são as mulheres que mais praticam bullying nas corporações: 50,2% contra 44,7% dos homens. Para saber como isso ocorre dentro das empresas brasileiras, a psicóloga, empresária e palestrante em gestão de mudança organizacional Gisele Meter está realizando uma pesquisa sobre bullying feminino no ambiente organizacional.

Tema recorrente nas salas de aula e nas escolas, o bullying é um termo de origem inglesa utilizado para definir tiranização e ameaça. Ou seja, é uma afirmação de poder através de agressão, feita de forma intencional e repetitiva, causando dor e angústia à vítima, que normalmente acaba tendo sua autoestima rebaixada e sentindo-se cada vez mais fragilizada para reagir aos ataques.

Gisele Meter explica que o bullying feminino é realizado de forma mais sutil, com fofocas, maledicências, exclusão e apelidos maldosos. “As mulheres não foram educadas culturalmente para entrar em conflito aberto com os outros, mas sim para reprimir sua raiva ou, no máximo, expressá-la de forma indireta e dissimulada, deixando assim grande parte do comportamento agressivo feminino encoberto e na clandestinidade.”

Outro fator a ser considerado é o fato de que as mulheres são educadas para cultivar a imagem de que são perfeitas o tempo todo, algo física e emocionalmente impossível. “Dificilmente uma mulher assume que já praticou bullying de forma aberta, isto porque elas temem ser vistas como erradas, de caráter duvidoso ou como pessoas más. Existe o mito de que a mulher deve preservar uma imagem doce e de acolhimento, assim, não pode expressar raiva de forma direta, pois seria errado e imoral”, comenta a consultora.

Para minimizar o problema, a psicóloga sugere conversar com colaboradores, sentir o clima empresarial e fortalecer a cultura organizacional para se traçar um plano de ação efetivo. “O que não pode é ficar inerte diante da situação, comprometendo a visão da empresa, abalando o contrato psicológico entre os funcionários e comprometendo os resultados organizacionais.

Sobre Gisele Meter
Gisele Meter é psicóloga, empresária, diretora executiva de Recursos Humanos, palestrante, consultora estratégica em gestão de pessoas e gestão de mudança organizacional. Colunista de portais e sites voltados ao público feminino e de Administração, ela também é a idealizadora do método Life® – Liderança Feminina Estratégica para o desenvolvimento de líderes nas empresas.

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