Azia pode ser sinal de refluxo

Azia, queimação, irritação, rouquidão e até dor no peito. Esses podem ser sintomas de uma das doenças mais comuns do aparelho digestivo, o refluxo gastroesofágico. Segundo a Sociedade Brasileira de Gastroenterologia, 10% dos brasileiros, ou seja, mais de 22 milhões de pessoas têm refluxo.

Dependendo da intensidade e frequência, o refluxo pode causar doenças mais graves como asma, pneumonia, lesões nas pregas vocais e no esôfago. Para identificar o problema são necessários exames específicos. A endoscopia é, geralmente, o primeiro exame solicitado pelos médicos. Entretanto, quando há indício de refluxo outras técnicas, como a manometria esofágica e a phmetria, possibilitam um diagnóstico mais preciso. “A endoscopia nos dá um diagnóstico observando a parte interna do esôfago, do estômago e do duodeno. Já os exames como a manometria e a phmetria podem avaliar o funcionamento do esôfago e do estômago com detalhes que podem ajudar a indicar a melhor forma de tratamento”, esclarece Dr. Namen Salomão, cirurgião e gastroenterologista do Hospital Nossa Senhora das Graças.

A manometria esofágica atua identificando os distúrbios e funcionamento do esôfago até o estômago. Uma das indicações mais comuns desse exame é em casos de disfagia – a dificuldade de engolir -, que pode estar relacionada à incidência de refluxo. A manometria faz um estudo do funcionamento do esfíncter inferior do esôfago, uma espécie de válvula que permite a passagem dos alimentos para o estômago, do próprio esôfago e da região onde os alimentos passam da boca para o esôfago (esfíncter superior do esôfago). “O exame nos dá informações em gráficos, como em um eletrocardiograma, para chegarmos a um diagnóstico”, compara Dr. Namen.

Outro exame que analisa a funcionalidade do aparelho digestivo é a phmetria, no qual o paciente fica 24 horas com uma fina sonda que monitorará a ocorrência do refluxo, auxiliando na identificação da causa do problema. Durante o exame, são anotadas também informações triviais, como horários de refeições e de sono. Dessa maneira, o médico cruza as informações com os sintomas do paciente. “A phmetria possibilita identificar a quantidade de ácido do suco gástrico que é liberada durante o refluxo”, explica Dr. Namen.
Tratamento

O tratamento do refluxo gastroesofágico começa com uma dieta adequada, podendo ser necessários medicamentos e também, em alguns casos, cirurgia. “Quanto antes identificado o problema, menos agressivo o tratamento tende a ser. Por isso, é importante procurar um especialista se os sintomas forem frequentes”, aconselha o especialista.

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